A equipe produz estimativas aproximadas de duração para cada item na Artifact: Lista de Itens de Trabalho (veja Guideline: Estimativa Ágil). Considerando a Visão do produto, as estimativas serão utilizadas para discutir com os Stakeholders, de forma realista, as prioridades do que deve ser desenvolvido, atendendo as restrições do projeto.

Se o projeto for orientado a características, a equipe deve verificar quantas pessoas são necessárias para terminar estes itens de trabalho, o que lhes dará uma vaga compreensão da duração do projeto, do perfil dos funcionários e do escopo. Se ao contrário, o projeto for orientado a datas, a equipe estima quanto trabalho pode ser feito no tempo definido, usando a equipe disponível. O trabalho que esteja fora do escopo pode ser considerado nas liberações futuras.

A equipe identifica os riscos do projeto, executa uma análise qualitativa dos riscos para avaliar a sua magnitude e atualiza a Artifact: Lista de Riscos. O gerente de projeto facilita a decisão da equipe sobre quais riscos eles deverão resolver, e quais eles deverão só observar.

A solução pode ser evitar ou atenuar os riscos, explorando as oportunidades ou aumentando a probabilidade e os impactos positivos do risco. Dependendo do caso, alguns itens de trabalho podem ser adicionados ou removidos da Lista de Itens de Trabalho para certificar que as soluções serão priorizadas e tratadas pela equipe, junto com o trabalho no projeto. Como não é possível planejar soluções para todos os riscos identificados, a equipe pode decidir aceitar alguns deles. Os riscos a serem observados serão comunicados aos Stakeholders e permanecerão na Lista de Riscos e as ações de correção serão determinadas apenas se eles ocorrerem.

Defina a duração da iteração e utilize-a para avaliar a velocidade (veja Guideline: Estimativa Ágil). A quantidade de itens a serem entregues em cada iteração será definida pela velocidade da equipe e pelas estimativas para cada item. A equipe usa a Lista de Itens de Trabalho para descrever quais características serão implementadas em quais iterações, colocando os itens de trabalho de maior prioridade por primeiro, incluindo respostas planejadas para os maiores riscos ou oportunidades.

O OpenUP organiza as iterações em um conjunto de fases. Cada fase no ciclo de vida do projeto irá terminar com um marco destinado a fornecer aos Stakeholders mecanismos de supervisão e direção para controlar no projeto, o financiamento, o escopo, a exposição a riscos, o valor fornecido e outros aspectos do processo (veja Concept: Ciclo de Vida de Projeto).

Você não precisa gastar muito tempo fazendo este planejamento. O Plano do Projeto deve documentar apenas um breve resumo dos marcos do projeto e de um a três objetivos para cada iteração. Não coloque itens de trabalho individuais no plano, pois isto forçará muito o re-planejamento. A meta é criar um plano genérico que esboce como a equipe poderá construir a aplicação nas iterações definidas. Níveis extras de detalhes serão realizados em outras sessões de planejamento ao longo do projeto (veja Task: Planejar a Iteração). Pode ser necessário que você revise este plano mais tarde para adaptá-lo com base no que você irá aprender executando as iterações (veja os Artifact: Plano de Iteração das iterações anteriores).

Desenvolva uma estimativa de ordem de grandeza para os custos dos recursos necessários à conclusão dos itens de trabalhos do projeto. Um modelo simples para custeio do projeto pode ser a multiplicação do custo médio da equipe pela duração de uma iteração, derivando o impacto financeiro em curso (ou seja, o custo por iteração). Esta primeira fase de planejamento deve manter as coisas muito genéricas e flexíveis. A meta é a articulação do valor versus as restrições orçamentárias do projeto e a ajuda aos Stakeholders para que decidam se é oportuno prosseguir com o projeto ou não. Se for necessário proponha alternativas para diminuir os custos, tal como a remoção, do escopo do projeto, de itens de trabalho de baixo valor e alto custo.